Indicar colegas ou familiares para compor o quadro funcional é realidade comum entre pequenas empresas, principalmente nas que não possuem departamento de RH ou não contratam consultoria de recrutamento, na avaliação de especialistas.
"Como a pessoalidade é maior e, muitas vezes, não há setor de RH, o índice de indicações tende a ser superior [ao de grandes empresas", afirma Gustavo Costa, diretor da Hays, de recrutamento.
Segundo o executivo, a prática pode trazer prejuízos quando o profissional não tem qualificação suficiente ou quando mistura a relação pessoal com a de trabalho.
"O desgaste provocado na equipe resulta em queda geral na produtividade", reitera.
Amigos e líderes
Esse foi o caso da Cemax, indústria de bolsas e acessórios, hoje com 54 funcionários. De origem familiar, o processo de seleção da empresa era feito por indicação.
"A gestão foi dificultada porque as relações envolviam amizade e vínculos familiares", lembra Maria das Neves, 37, gerente administrativa da Cemax.
Era complicado demitir amigos de líderes, diz a executiva, que, há dois anos, assumiu a função de profissionalizar a gestão de recursos humanos da empresa.
Para Paulo Pontes, diretor da Michael Page, companhia de recrutamento e seleção, o pequeno empresário costuma contratar por intuição e esquecer fatores técnicos.
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Atualizado em: 17/01/2025 17:58 |