Muitos investidores, quando optam por investir em um fundo via banco, não têm ideia se o valor pago em taxa de administração, por exemplo, é caro ou barato. Pagar 3% de taxa de administração em um fundo de ações ou um fundo multimercado, com gestão ativa, pode ser barato. Já pagar 1% desta mesma taxa em um fundo de renda fixa, cuja carteira é composta por 60% por títulos públicos e os outros 40% em títulos do próprio banco é muito caro, pois não exige gestão nenhuma do banco.
Estes são apenas dois exemplos fictícios que, na minha opinião, ilustram muito bem o custo de uma aplicação financeira e que mostram a diferença entre ter informação e saber usá-la. Saber que um fundo cobra 3% de taxa de administração é fácil, mas se isso é bom ou ruim, é outra história.
Ao optar por um fundo de investimento, outras questões devem ser avaliadas, como risco do fundo escolhido e histórico de rentabilidade. Mas será que, ao ler que determinado fundo aplica 30% em ações e 70% em renda fixa, o investidor saberá identificar quais os riscos deste investimento? Ou se esta é a melhor opção para seu perfil?
Para que o poupador consiga digerir tudo isso e avaliar o que é melhor para ele, entra a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em campo, com instruções que visam deixar tudo mais transparente.
Neste ponto, faço uma associação com a questão atual das sacolinhas plásticas utilizadas em supermercados. Como não há mudança comportamental, o assunto vira lei. No caso dos fundos de investimentos, como não há consciência do próprio dono do dinheiro para avaliar o que é melhor para ele mesmo, a CVM editou normas que obrigarão às instituições a darem informações mais detalhadas e de fácil entendimento a todos sobre os fundos de investimento.
Quero deixar bem claro que não sou contra regras e leis e que, se for para ajudar, tanto melhor que se façam leis. Porém, ressalto que essa transparência de informações que será exigida de nada adiantará se o investidor não ler e entender o estatuto do fundo de investimento. De nada adiantará se o poupador continuar apenas se dirigindo ao gerente do banco para perguntar o que é melhor.
Já há muito tempo os prospectos de fundos de investimentos levam para os interessados a seguinte frase: “rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”. No entanto, se fizermos uma pesquisa com investidores de fundos e perguntarmos o que isso significa na prática, acredito que poucos saberão explicar. E mais, muitos dirão que antes de optar por esse ou aquele investimento olharam somente a rentabilidade dos últimos meses ou ano, ou seja, a rentabilidade passada.
Por isso, mais do que qualquer norma ou lei, é fundamental que o investidor saiba o que deve ser levado em consideração ao escolher uma aplicação e o que as informações representam para o custo e o retorno do investimento e para o perfil do investidor. E isso, somente a mudança de comportamento do próprio investidor pode resolver.
Período: Janeiro/2025 | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
D | S | T | Q | Q | S | S |
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 6.0315 | 6.032 |
Euro/Real Brasileiro | 6.2617 | 6.2775 |
Atualizado em: 21/01/2025 00:57 |