O dólar fechou em leve queda ante o real nesta quarta-feira (17) acompanhando um maior otimismo no cenário externo, embora ainda tenha registrado baixa volatilidade e variações modestas diante do receio de atuação do Banco Central.
A expectativa de que a Espanha possa pedir um resgate financeiro, além de indicadores positivos e balanços nos Estados Unidos têm estimulado o apetite por ativos de risco no exterior.
A moeda norte-americana recuou 0,17%, a R$ 2,0315 na venda. Ao longo da sessão, o dólar oscilou entre R$2,0299 e R$ 2,0345.
Segundo dados da BM&F, o volume negociado nesta quarta-feira foi de cerca de US$ 1,708 bilhão.
"Com expectativas mais positivas sobre a Espanha, os investidores voltaram a abraçar operações de maior risco, saindo do dólar... Mas aqui no Brasil, esse reflexo não acontece na mesma proporção", avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
"O mercado não aposta em uma queda maior (do dólar) porque sabe que o BC defende o patamar de R$ 2 e até um pouco acima disso... Com isso, continuamos sem grandes operações e variações", acrescentou.
A última vez que a autoridade monetária interveio no mercado por meio de leilão de swap cambial reverso - operação equivalente à compra de dólares no mercado futuro - foi no dia 5 deste mês, com a cotação em torno de R$ 2,016.
O BC e o governo têm mostrado determinação em defender o patamar de R$ 2,00, visto como um piso informal para a moeda, que tem oscilado principalmente entre R$ 2,00 e R$ 2,05 pelo menos nos últimos três meses.
Apesar de o mercado ainda continuar engessado com a "sombra" do BC, o dólar tem se desvalorizado aos poucos durante a semana e está voltando a se aproximar do nível de R$ 2,02 - operadores não descartam uma atuação da autoridade monetária nos próximos dias caso a divisa norte-americana ameace cair mais.
Desde segunda-feira, o dólar caiu 0,46% ante o real.
Um maior otimismo nos mercados externos tem ajudado nessa desvalorização. Na véspera, a confirmação do rating soberano da Espanha pela agência Moody's foi vista como um sinal positivo, com a manutenção da expectativa de que o país possa pedir um resgate financeiro.
Resultados trimestrais de companhias norte-americanas também têm impulsionado uma melhora, além de nesta quarta-feira ter sido divulgado que a construção de moradias nos EUA cresceu em setembro em seu maior ritmo em mais de quatro anos, em um sinal de recuperação do setor imobiliário.
Período: Janeiro/2025 | ||||||
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Atualizado em: 23/01/2025 09:18 |