Os bancários cruzam os braços a partir de hoje em todo país por tempo indeterminado. Após orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os sindicatos regionais realizaram ontem assembleias para organizar o movimento, que havia sido definido em reunião no último dia 12. Na ocasião, a proposta de aumento salarial apresentada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi rejeitada.
A entidade patronal ofereceu reajuste de 6,1% sobre salários, pisos, auxílio-refeição, cesta alimentação, auxílio-creche e auxílio babá. "Optamos pela paralisação em resposta à provocação dos bancos, que fizeram uma proposta sem ganho real, o que é inaceitável diante dos seus lucros gigantescos", disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, coordenador do comando nacional grevista. Conforme ele, o aumento ideal é de 11,93%, o que representa 5% de reajuste.
Os bancários também querem participação nos lucros (PLR) de três salários, mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21; auxílio-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 para cada item; Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos; auxílio-educação para graduação e pós-graduação; e contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Para Cordeiro, a greve é a única forma de os pleitos serem atendidos. "Não temos alternativa, senão fazer uma forte greve nacional com ousadia, unidade e mobilização, mostrando toda a indignação da categoria com o descaso dos bancos", completou. A Febraban afirmou que se mantém aberta à negociação.
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Atualizado em: 22/11/2024 18:59 |