Você já passou pela experiência de ver uma ideia sua ser executada por outra pessoa? Existem dois tipos de inovadores: Aqueles que tem ideias geniais e aqueles que executam projetos geniais. Ter ideias tem a ver com sonhar. Executar projetos tem a ver com realizar. O que não se fala muito é que entre o sonho e a realização são necessárias horas de planejamento, estudo de viabilidade, prototipagem e tentativas de acerto e erro.
Sonhar é sexy. Inovar é duro.
O jovem alemão Alexander Thelen, de 23 anos, teve uma ideia inovadora e decidiu empreender. A ideia? Vender ração de cachorros para a geração millennials. Comida para cachorro não parece nada inovador, até você se debruçar sobre o Plano de Negócios de 40 páginas feito pelo recém formado e seu sócio, que, em menos de 30 dias conseguiram arrecadar com investidores europeus a quantia necessária para iniciar o projeto, que tem plano de crescimento e expansão para os próximos cinco anos, além de pesquisa de mercado detalhada e um mapeamento invejável de cada etapa do negócio, com prazos e orçamentos bem definidos e validados por consultores experientes.
Inovação não precisa necessariamente chegar rodeada de romantismo e ineditismo. Muitas vezes, a ideia em si é algo comum e trivial, e o jeito de olhar e lidar com esse trivial, o “novo” jeito, isso sim, é inovador. O Uber, por exemplo, é um novo jeito de se transportar. O Airbnb, de se hospedar. A sofisticação desses exemplos está na forma, na simplicidade do uso, no papel da tecnologia, no potencial exponencial, na compreensão das novas formas de consumo.
Segundo o visionário Richard B. Fuller, para se mudar alguma coisa, deve-se construir um novo modelo que faça com que o modelo atual se torne obsoleto. Construir um modelo novo de algo que já existia com tal força, isso sim, é genial. Tal proeza exige muito estudo, pesquisa, conhecimento, flexibilidade e potencial de adaptação. Em quanto tempo depois do lançamento do Uber substituímos a frase: Vou chamar um táxi pela frase: Vou chamar o uber?
A reflexão é simples: Quantas ideias nossas precisam ser executadas por outras pessoas até decidirmos, de fato, nos debruçar sobre uma delas e fazer acontecer? Alexander Thelen teve uma ideia. Ele estudou os novos comportamentos de uma parte da população e encontrou gaps (brechas, espaços) para explorar. Ele transformou essa pesquisa em um plano de negócio bem feito. Os investidores apostaram na sua ideia. Ele está seguindo o seu cronograma, conforme o plano. Foi a sua primeira ideia. De muitas. Ele quer fazer acontecer. Ele vai fazer acontecer, e é assim que tem que ser.
Período: Janeiro/2025 | ||||||
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Atualizado em: 23/01/2025 20:24 |