O volume de serviços prestados no Brasil engatou o quarto resultado positivo seguido e cresceu 1,1% em julho, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (14), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o avanço, o setor atinge o maior patamar desde março de 2016 e agora figura 3,9% acima do patamar de fevereiro do ano passado, último mês sem nenhum tipo de restrição para conter a disseminação do novo coronavírus.
Na comparação com julho de 2020, o volume de serviços avançou 17,8%. Já no acumulado deste ano, o segmento cresceu 10,7%, ante igual período do ano passado. Mesmo com a sequência positiva, o setor de serviços ainda está 7,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014, segundo os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
retomada do setor que mais contribui para as riquezas nacionais havia sido atingida no mês de fevereiro, mas foi revertida com a queda de 3,1% do segmento em março, mês marcado pelo recrudescimento da segunda onda da pandemia, e só recuperada no mês de junho.
Serviços prestados às famílias segue abaixo do patamar pré-pandemia
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O resultado do setor em julho foi puxado apenas pelas altas nos volumes de serviços prestados às famílias (+3,8%), que acumulam ganho de 38,4% entre abril e julho, e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,6%), que saltaram 4,3% nos últimos três meses e superaram, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia.
“Essas duas atividades são justamente aquelas que mais perderam nos meses mais agudos da pandemia. São as atividades com serviços de caráter presencial que vêm, paulatinamente, com a flexibilização e o avanço da vacinação", avalia o analista responsável pela pesquisa, Rodrigo Lobo.
Nos serviços prestados às famílias, destaque para o desempenho dos segmentos de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e parques temáticos, que costumam crescer em julho devido às férias escolares. Já nos serviços profissionais, administrativos e complementares, destaque para as atividades jurídicas, serviços de engenharia e soluções de pagamentos eletrônicos.
Mesmo com a alta contabilizada em julho, o volume de serviços prestados às famílias ainda opera 23,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Trata-se da única das cinco atividades que ainda não superou o nível pré-pandemia.
Para Lobo, a situação do segmento é compreensível, por se tratar da atividade com a maior concentração de serviços prestados de forma presencial. "É uma atividade que lida com restrições de oferta. Alguns estabelecimentos fecharam e outros reabriram, mas ainda não operam com plena capacidade", aponta o pesquisador.
Por outro lado, os impactos negativos da PMC foram observados pelos serviços de informação e comunicação (-0,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%) e os outros serviços (-0,5%).
O índice mostra ainda que as atividades turísticas avançaram 0,5% em julho e acumula crescimento de 42,2% somente nos últimos três meses. O segmento, no entanto, ainda precisa saltar 32,7%% para retornar ao patamar pré-pandemia.
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