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IPCA-15 fica em 0,34% em dezembro e fecha 2024 em 4,71%

O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 1,51% para o período de outubro a dezembro. Em dezembro de 2023, o IPCA-15 havia sido de 0,40%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,34% em dezembro e ficou 0,28 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de novembro (0,62%).

O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 1,51% para o período de outubro a dezembro. Em dezembro de 2023, o IPCA-15 havia sido de 0,40%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em dezembro. A maior variação e o maior impacto positivo foram registrados em Alimentação e bebidas (1,47% e 0,32 p.p.). Na sequência, vieram os grupos Despesas pessoais (1,36% e 0,14 p.p.) e Transportes (0,46% e 0,09 p.p.). O principal impacto negativo (-0,20 p.p.) foi observado em Habitação (-1,32%). Os demais grupos ficaram entre os recuos de 0,52% de Artigos de residência e a alta de 0,34% de Vestuário.

No grupo Alimentação e Bebidas (1,47%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,56% em dezembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-9,85%), o tomate (-6,71%) e o leite longa vida (-2,42%).

A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,57% em novembro para 1,23% em dezembro. Tanto a refeição (1,34%) quanto o lanche (1,26%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,38% e 0,78%, respectivamente).

Em Despesas Pessoais (1,36% e 0,14 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (12,78%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro. Altas também foram observadas nos subitens cinema, teatro e concertos (2,58%) e cabeleireiro e barbeiro (1,37%).

No grupo dos Transportes (0,46% e 0,09 p.p.), o subitem passagem aérea subiu 4,43%. Em combustíveis (0,09%), houve aumentos nos preços do etanol (0,80%) e do óleo diesel (0,41%), enquanto a gasolina (-0,01%) e o gás veicular (-0,12%) apresentaram variações negativas.

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 1,20%, após gratuidades concedidas nas passagens no segundo turno das eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registrados aumentos de 10,38% no trem e no metrô e de 4,65% na integração transporte público após gratuidades concedidas a toda população nas passagens no segundo turno das eleições municipais e nos dias de realização das provas do ENEM.

No grupo Habitação (-1,32% e -0,20 p.p.), a energia elétrica residencial recuou 5,72% em dezembro, em decorrência do retorno da vigência da bandeira tarifária verde, a partir de 1º de dezembro, com a qual não há cobrança adicional nas faturas. Em novembro, esteve em vigor a bandeira tarifária amarela. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: redução de 2,98% em Brasília (-7,66%), a partir de 22 de outubro; redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (-6,96%), a partir de 23 de outubro; reajuste de 6,37% em uma das concessionárias de Porto Alegre (-5,79%), a partir de 22 de novembro; reajuste de 4,97% em Goiânia (-4,87%), a partir de 22 de outubro.

Também em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,32%) é decorrente do reajuste de 9,83% nas tarifas do Rio de Janeiro (3,93%), a partir de 1º de dezembro; e o recuo do gás encanado (-0,10%) decorre da redução tarifária de 0,51% no Rio de Janeiro (-0,32%), a partir de 1º de novembro.

Em dezembro, IPCA-15 subiu em nove regiões

Quanto aos índices regionais, nove das onze áreas de abrangência tiveram alta em dezembro. A maior variação foi observada em Salvador (0,66%), por conta das altas da gasolina (4,54%) e da passagem aérea (15,35%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (-0,04%), que registrou queda nos preços da energia elétrica residencial (-7,66%) e da gasolina (-3,03%).

IPCA-15 e IPCA-E - Variação nas regiões
Região Peso Regional (%) Variação
Mensal (%) Variação
Acumulada (%)
Outubro Novembro Dezembro Trimestre 12 meses
Salvador 7,19 0,28 0,38 0,66 1,33 4,67
Belém 4,46 0,43 0,88 0,56 1,88 4,98
Belo Horizonte 10,04 0,54 0,55 0,41 1,51 6,20
Fortaleza 3,88 0,52 0,60 0,40 1,53 4,86
Rio de Janeiro 9,77 0,60 0,82 0,36 1,79 4,66
São Paulo 33,45 0,61 0,60 0,36 1,58 4,74
Goiânia 4,96 1,07 0,80 0,35 2,24 4,87
Porto Alegre 8,61 0,17 0,25 0,27 0,69 3,69
Curitiba 8,09 0,63 0,58 0,19 1,41 4,31
Recife 4,71 0,37 0,94 -0,03 1,28 4,22
Brasília 4,84 0,51 0,86 -0,04 1,33 3,86
Brasil 100,00 0,54 0,62 0,34 1,51 4,71
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (referência), e comparados com aqueles vigentes de 12 de outubro a 12 de novembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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